quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pesquisa do Instituto Butantan usa saliva de carrapato-estrela contra câncer


Da saliva do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), a ciência conhece apenas os efeitos nocivos. A febre maculosa, doença muitas vezes fatal, é transmitida pela picada do aracnídeo. Da mesma substância, porém, podem sair novos medicamentos contra o câncer, além de anticoagulantes. Há seis anos, pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, trabalham no desenvolvimento de uma droga que possa ser utilizada com as duas finalidades.
O prognóstico é animador, analisou-se a sequência de genes da glândula salivar do carrapato, responsável pela produção de uma proteína anticoagulante.Testando a proteína em células de vaso sanguíneo para medir seu nível de toxicidade, descobriu-se que a substância é segura para células saudáveis, mas fatal para células tumorais. O experimento foi então extendido a camundongos que tiveram melanomas (câncer de pele) induzidos, e o resultado surpreendeu os pesquisadores.
Algumas das explicações que os cientistas buscam agora são como funciona a ação pró-coagulante de alguns tipos de tumores – como o melanoma e o de pâncreas – e a inibição de mecanismos de divisão celular. “Essa relação é um grande achado, pois quando você retira sangue desses tumores pode ver ele coagular ainda na seringa”, diz a pesquisadora farmacêutica Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, coordenadora do estudo.

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